HISTÓRIA
HISTÓRIA CBVC
O Corpo de Bombeiros Voluntários de Caçador, hoje chamados de Associação de Serviços Sociais Voluntários de Caçador, é uma entidade sem fins lucrativos reconhecida como entidade de utilidade pública estadual (Lei Estadual n. 16.709 de 22 de setembro de 2015) e municipal (Lei Municipal n. 3.222 de 14 de maio de 2015), certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social na Área da Saúde – Entidade Filantrópica – através da Portaria n. 972 de 14 de agosto de 2019 CEBAS/Saúde do Ministério da Saúde.
A corporação tem como objetivos a proteção e o salvamento da vida e dos bens materiais dos habitantes no município de Caçador/SC e região, bem como atua em casos de calamidades públicas, incêndios e acidentes em geral, além de desenvolver atividades que visam a prática da prevenção de sinistros.
Será apresentada uma breve história desde o início das atividades da corporação, passando pelas conquistas e modificações, até chegar nos dias atuais.
DÉCADA DE 70 “Quando tudo começou…”
No período compreendido entre as décadas de 50 e 60 do século passado, a cidade de Caçador, situada no Alto Vale do Rio do Peixe, região meio oeste de Santa Catarina, despontava no cenário econômico de Santa Catarina, tendo a sua economia baseada na indústria madeireira, fator que impulsionou o seu desenvolvimento e projetou o município como cidade-polo industrial da região.
As inúmeras serrarias, então em atividade no município, produziam grandes quantidades de madeira serrada, matéria-prima utilizada na indústria moveleira e empregada na construção civil.
Uma característica da paisagem urbana de Caçador à época, eram as edificações residenciais e comerciais, construídas predominantemente em madeira, abundante na região, dividindo espaço com milhares de pilhas de tábuas esperando o embarque para os mercados consumidores dos grandes centros do país ou do exterior.
A predominância de edificações em madeira, o uso da lenha para gerar energia para a indústria local, associado às ações ou omissões do homem, formavam então um cenário propício para as ocorrências de incêndios, que se alastravam rapidamente pela cidade, porque, a madeira é um combustível forte para que o fogo se intensifique.
Foram longos os anos de tragédias provocadas pelo fogo. Em algumas situações eram consumidas quadras inteiras porque as construções eram muito próximas umas das outras, fazendo com que as chamas logo se espalhassem.
Ocorrências desta natureza deixavam preocupada toda a população, que naquela época estava desprovida de qualquer tipo de recurso para enfrentamento destes sinistros, contando somente com a solidariedade, determinação e união dos moradores, para ajudar com baldes de água para debelar o fogo, ainda que fosse o meio menos eficiente para extirpá-lo.
Diante de inúmeras tragédias causadas pelo fogo ao longo dos anos, a população iniciou um movimento para que fosse instalada no município uma corporação de bombeiros, para amenizar ou até mesmo prevenir prejuízos decorrentes dos frequentes incêndios.
Nas diversas reuniões realizadas nas décadas de 50 e 60 com o objetivo de iniciar uma corporação, foi apresentado por alguns cidadãos o modelo de Corpo de Bombeiros Voluntários, já existente na cidade de Joinville/SC, para que todos os presentes tivessem ideia de como foi organizada aquela instituição, sugerindo que poderia ser instalada uma semelhante em Caçador.
Considerando ser uma solução viável para reduzir as perdas e os problemas existentes no município, a Prefeitura Municipal de Caçador, por meio do então prefeito, Senhor Jucy Varella, encaminhou um ofício ao comando da corporação da cidade Joinville, com data de 21 de julho de 1967, solicitando que fossem encaminhados para Caçador alguns de seus membros com a finalidade de apresentar sua corporação e como eram realizados os trabalhos de combate a incêndio.
A atenção dispensada pela corporação joinvilense ao ofício do gestor municipal foi exemplar e a solicitação foi prontamente atendida pelo comando daquela instituição bombeiril. Assim foi enviada uma equipe até Caçador na data de 29 de setembro de 1967 a fim de apresentarem às principais lideranças caçadorenses esclarecimentos sobre quais seriam os caminhos e ações a serem tomadas para a instalação de uma corporação voluntária.
Infelizmente, por motivos desconhecidos, esta iniciativa não logrou êxito naquele momento e a cidade permaneceu à mercê dos incêndios e suas vítimas continuavam a contar apenas com a boa ação da população.
No ano de 1970, com o objetivo de incentivar a criação de núcleos da Defesa Civil nos diversos municípios do país, o Exército Brasileiro solicitou às prefeituras municipais que efetuassem um levantamento dos maiores problemas que assolavam a população.
Desta feita, o prefeito municipal Ardelino Grando convocou as principais lideranças da comunidade para uma reunião, buscando analisar a situação caçadorense em relação às informações solicitadas pelo Exército Brasileiro.
Durante a reunião, todos foram unânimes em apontar que o principal problema na cidade de Caçador era a ocorrência de incêndios, os quais causavam enormes prejuízos para a população, ficando claro que o município precisava organizar, de maneira urgente, um serviço de proteção contra estes sinistros.
Ao encerrar a reunião, o prefeito Ardelino Grando dirigiu-se a um dos presentes e convidou-o para liderar os trabalhos de levantamento de informações deste problema e encaminhá-las ao comando do Exército. Tratava-se do senhor Erasini Freiberger.
Aceita a missão, o senhor Erasini lançou-se à sua nova tarefa. Para maior eficiência e agilidade dos trabalhos, ele convidou um grupo de amigos para auxiliarem nesta árdua e gratificante missão. Entre os convidados estavam o seu irmão Alfieri Nicolau Freiberger e os amigos Elvide Zir, Armindo Bombassaro, Márcio Soares, Nivaldo Detroz, Guido Graeff, Taylor Tosetto, Renato Santi e Rogério Fernandes.
Após inúmeras reuniões, o grupo apresentou a ideia da criação de uma corporação voluntária, repassando-a para o então prefeito. Este, de imediato mostrou-se entusiasmado com esta possibilidade e incentivou os jovens a amadurecerem a ideia, afiançando que ele garantiria todo o apoio da Prefeitura Municipal.
Pouco tempo depois, o prefeito municipal se reuniu com o grupo de amigos para discutir as ações em prol da instalação de uma Corporação de Bombeiros Voluntários na cidade, momento em que foi constituída uma comissão provisória para organização e fundação do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caçador no dia 20 de fevereiro de 1971, sendo a quarta corporação voluntária do Estado de Santa Catarina.
A então recém fundada corporação dos bombeiros voluntários se lançou de imediato ao seu objetivo, tendo os seus membros se dedicado de forma intensa aos treinamentos para melhorar a sua atuação no combate aos incêndios, bem como na elaboração de estratégias para melhor enfrentamento das ocorrências.
Fizeram parte da primeira Diretoria do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caçador:
Diretoria Geral
Presidente: Alfieri Nicolau Freiberger
Vice-presidente: Milton Cachoeira
Secretário: Rogério Fernandes da Silva
Tesoureiro: Gabriel Gonçalves do Nascimento
Comando Geral
Comandante: Erasine Freiberger
Subcomandante: João Miguel Barbisan
Conselho Fiscal
Sócio Ativo: José Ivo Gomes
Sócio Contribuinte: Helmuth Payerl
Prefeito Municipal (Membro Nato): Ardelino Grando
Para as atividades de combate a incêndio, razão da fundação da corporação, era utilizado um caminhão tanque destinado inicialmente às atividades cotidianas do setor de obras da Prefeitura Municipal e, posteriormente, colocado à disposição dos bombeiros. Esta foi a primeira viatura utilizada pela corporação.
O alerta de incêndio sempre era dirigido à prefeitura. Quando ocorria no período noturno, o responsável pela guarda daquele local acionava o bombeiro que estava com o caminhão, o qual se deslocava até a residência dos demais voluntários para difundir o alarme. Usando a criatividade, logo foi criado um modelo simples e eficiente de acordar os bombeiros, deixava-se sempre um punhado de pedras dentro do veículo e ao se aproximar das residências, o motorista não hesitava em atirá-las contra as paredes das casas, que imediatamente despertava o bombeiro para seguir ao combate.
Meses mais tarde essa tática foi substituída por um sistema de rádio. Tratava-se de um sistema de transmissão amador que utilizava a frequência de ondas médias. O transmissor ficava na Prefeitura Municipal e todos os bombeiros possuíam um radinho de pilhas, que levavam consigo por onde fossem e sempre que um sinistro ocorria, todos os bombeiros eram rapidamente acionados por este sistema.
Mesmo contando com o caminhão-tanque colocado à disposição dos bombeiros pela prefeitura, tornou-se imprescindível a obtenção de outra viatura. Assim, os voluntários lançaram-se em ações para a aquisição de um novo caminhão de combate à incêndios, e somados a recursos oriundos da prefeitura, a compra foi possível.
A primeira sede do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caçador foi provisoriamente instalada na rua José Boiteux, sendo que ali era mantida a parte administrativa da corporação, pois os veículos permaneceram estacionados em frente a Prefeitura Municipal. Este quartel foi palco de inúmeras reuniões dos voluntários, nas quais eram trazidas informações sobre a realidade do município e analisadas as carências que deveriam ser supridas, como a necessidade de mais viaturas para os combates aos frequentes incêndios que assolavam o município. Por fim, constataram que a única alternativa era angariar recursos para a aquisição de um novo caminhão de combate a incêndios.
Devido ao grande apoio da classe empresarial do município foi possível a aquisição de uma segunda e nova viatura de combate a incêndios para Caçador.
Com a aquisição do novo caminhão, os voluntários se preocuparam em encontrar um local coberto para guardar e proteger as viaturas que estavam estacionadas em espaço aberto, expostas ao tempo. Em conversa com empresários locais, foi cedido um barracão na rua Rui Barbosa, no centro de Caçador, para utilização pelos bombeiros para a permanência dos caminhões.
Nesta nova sede não havia mais como manter a antiga forma de acionamento dos combatentes, razão pela qual foi reivindicado junto a empresa concessionária de telefonia, a instalação da linha telefônica de emergência de número 193, permitindo que as ligações fossem recebidas diretamente pela corporação.
Logo de início, verificaram-se alguns problemas que dificultavam o trabalho da corporação na sede recém instalada. Em frente à sede da corporação havia uma sala de cinema e muitos dos seus frequentadores não respeitavam a sinalização, estacionavam seus veículos de forma que obstruía a saída dos caminhões para atender os chamados de emergência. Assim, teve início a busca por um local mais adequado para instalar a sede dos bombeiros.
Em 1977, empresários locais cederam outro barracão, também no centro da cidade, na Rua Marechal Cândido Rondon e os bombeiros voluntários foram transferidos para lá, onde permaneceram por cerca de oito anos. Naquele período a corporação enfrentou diversas dificuldades financeiras, mas ao mesmo tempo, apresentou novas conquistas como a aquisição da terceira viatura de combate a incêndios bem como a construção de sua sede própria.
DÉCADA DE 80
A década de 80 começa turbulenta para os Bombeiros Voluntários de Caçador, ainda instalados na sede da rua Marechal Cândido Rondon, na parte baixa do centro da cidade.
O ano de 1983 foi marcado por uma das maiores enchentes da história da cidade, pois de maio a julho deste ano, o sul do país sofreu com intensas chuvas, ocasionando esse desastre natural.
As águas do rio do Peixe, cujo leito passa pela área urbana de Caçador, começaram a subir e atingir as residências ribeirinhas. Os Bombeiros Voluntários de Caçador foram acionados para efetuar os trabalhos de resgate de pessoas e bens atingidos pelas cheias.
Como as chuvas não cessavam, o volume de água no leito do rio não parava de aumentar, ocorrendo o transbordamento nas margens, resultando na inundação das dependências da corporação, tendo as águas atingido cerca de 2,60 metros de altura no local. Diante de tão complicada situação, os bombeiros tiveram que socorrer a si próprios.
Diante do cenário desenhado pelo volume de águas que invadiu o quartel, a solução imediata foi transferir novamente a sede para o local do uso inicial junto à Prefeitura Municipal, considerando-se que ela serviu de centro de logística, controle e planejamento das ações de resgate e defesa civil, até que as chuvas cessassem e as águas voltassem ao seu nível normal.
Como nem mesmo a sede da corporação foi poupada pelas cheias, reviveu-se o sonho da construção da sede própria.
Terminados os trabalhos de atendimento à população em virtude da enchente, a corporação se uniu em uma grande missão: a de angariar recursos para construir a sua sede própria no terreno doado pela Prefeitura Municipal de Caçador, localizado na rua General Antônio Sampaio, na parte alta do centro da cidade, em local a salvo das cheias do rio e de fácil acesso à população.
Muitas reuniões e planejamentos foram efetuados com o propósito de se encontrar um meio eficaz de reunir condições financeiras e técnicas para que o projeto de um quartel moderno e eficiente fosse realmente edificado.
Com o projeto aprovado e o apoio da classe empresarial do município, foi possível tornar realidade o sonho de funcionar em sua sede própria, inaugurada em 1985.
Depois de cerca de um ano de trabalho, a construção da nova sede da corporação estava concluída. Em 30 de novembro de 1985, bombeiros voluntários, amigos, familiares, empresários e autoridades, realizaram a solenidade de sua inauguração, dando início a uma nova fase na história da corporação, que agora estava abrigada em sua própria casa.
Já instalada na sede definitiva, a corporação inicia um processo de evolução tecnológica e crescimento operacional, com a aquisição de novos equipamentos e viaturas, bem como treinamentos e qualificação técnica dos seus membros.
Em relação às viaturas, os voluntários identificaram a necessidade de um veículo mais ágil e rápido para o atendimento à população e, em virtude disto, adquiriram mais um caminhão para o combate a incêndios. Com semelhante objetivo, adquiriram também novas mangueiras e equipamentos, transformando o caminhão numa moderna e eficiente unidade de combate a incêndios para os padrões da época.
Assim, no final da década de 80, a corporação contava com quatro viaturas que estavam à disposição dos cidadãos caçadorenses, para utilização nos chamados emergenciais de incêndio.
DÉCADA DE 90
A década de 80 foi de grande crescimento da corporação, tanto em equipamentos quanto na capacitação dos bombeiros. Assim, os anos 90 começaram com a desativação da viatura 01, pois era uma viatura que transportava pequeno volume de água e porque já estava então em uso a viatura n.º 04, que supria a necessidade nos incêndios.
Naquela época, as solicitações de resgate e socorro às vítimas de acidentes diversos se intensificavam, fazendo com que a viatura n.º 01 desativada da sua função de combate a incêndios, fosse transformada em uma viatura de resgate, o que somente foi possível com o trabalho de alguns voluntários.
Também foram adquiridos equipamentos e ferramentas de resgate para aparelhar aquela viatura para que se tornasse a primeira viatura específica de resgate dos Bombeiros Voluntários de Caçador, que passou mesmo de forma precária, a ser utilizada no atendimento aos acidentes de trânsito, além de servir em outras ocorrências.
No final da década de 90 o resgate veicular deu um salto em tecnologia, substituindo a ferramenta “policorte”, que é uma ferramenta moto abrasiva com disco de vídea, pelo conjunto importado hidráulico de salvamento e resgate de vítimas Lukas, também conhecida como desencarcerador.
Com a intensificação das atividades de resgate, surgiu uma nova preocupação dos bombeiros, que necessitavam de um veículo (ambulância) adequado para conduzir as vítimas dos acidentes para atendimento hospitalar. Entretanto, a corporação não dispunha dos recursos para adquirir um novo veículo. Em contato com a Delegacia da Polícia local, viabilizou-se a doação de uma camioneta Ford F1000, estacionada no pátio daquele órgão havia mais de oito anos.
Consolidada a entrega daquele veículo para a corporação, mais uma vez os voluntários agiram para reformá-lo e recuperá-lo dos danos causados por anos de permanência sob as intempéries. Instalou-se um furgão na sua carroceria e o veículo foi equipado com materiais tais como maca de madeira, talas de imobilização, tubos de oxigênio, entre outros, para utilização nos atendimentos.
Estava pronta, assim, a primeira viatura de socorro (ambulância) da frota da corporação e, a partir do ano de 1992, tiveram início as atividades que hoje correspondem a mais de 80% das ocorrências da corporação, o Atendimento Pré-Hospitalar (APH).
Para adequar a viatura às necessidades identificadas para melhorar os atendimentos prestados, no ano de 1999 o veículo passou por uma outra reforma.
Com o grande número de ocorrências na área do APH, fez-se necessário um maior aperfeiçoamento dos bombeiros voluntários, haja vista que a maioria ainda não possuía curso de qualificação para este tipo de atendimento. Como resultado, iniciou-se uma nova fase de formação dos voluntários, com a participação de muitos deles em cursos de Primeiros Socorros.
Devido ao aumento das ocorrências, para que o atendimento da população fosse completo e seguro durante 24 horas por dia, os Bombeiros Voluntários de Caçador passaram a contar com os bombeiros contratados, pois aqueles que se dedicavam de forma espontânea tinham seus empregos e esta situação impedia que o quartel estivesse guarnecido de pessoal em tempo integral. Para tanto, foram contratados três bombeiros motoristas para um turno de 24 horas de trabalho por 48 horas de folga, garantindo assim um atendimento imediato às ocorrências, juntando-se a eles direta ou indiretamente de seus locais de trabalho ou residências os demais bombeiros.
Com este novo quadro de ocorrências desenhado com os atendimentos pré-hospitalares, houve a necessidade de ampliar o número de bombeiros contratados, o que foi possível por conta de parceria com a Prefeitura Municipal de Caçador, que celebrou convênio com a corporação. Juntamente com o aumento de pessoal e do número de ocorrências atendidas, mais uma ambulância foi adquirida para auxiliar nas atividades de socorro.
No decorrer dos anos 90, várias outras viaturas foram adquiridas, sob forma de doação e por aquisição direta para a corporação, tornando a entidade uma das mais equipadas do gênero no Estado de Santa Catarina.
Em 1994 foi criada a Associação dos Bombeiros Voluntários do Estado de Santa Catarina (ABVESC), onde os Bombeiros Voluntários de Caçador estão presentes desde o início de suas atividades. A associação foi criada com intuito de promover a integração entre as corporações voluntárias do estado de Santa Catarina, criando um fortalecimento no desenvolvimento e padronizações entre seus membros.
A década de 90 foi também marcada por várias outras conquistas da corporação, tais como a criação do Centro de Resgate Aquático (mergulho), a efetivação do convênio com a CELESC, por meio do qual a comunidade caçadorense passou a destinar recursos à corporação diretamente em suas faturas de energia elétrica; a implantação do sistema de comunicação de rádio VHF, bem como ampliação dos convênios com a Prefeitura Municipal para o repasse de verbas mensais destinadas ao custeio de suas atividades e expansão de seus equipamentos.
Naquele período ainda foi criado o CAT (Centro de Atividades Técnicas), que tinha por objetivo dotar todas as edificações do município, exceto as residências unifamiliares, com os equipamentos de prevenção e combate a incêndios, dividindo suas atividades em análise de projetos e realização de vistorias.
DÉCADA DE 2000
Os anos 2000 já começam com novas aquisições de viaturas e modernizações das existentes. Logo no início do ano foi adquirida a nova viatura para resgate veicular, permitindo que a viatura n.º 01, que havia sido reformada para essa função, fosse definitivamente aposentada e retirada da frota de atendimento às ocorrências, ainda que não baixada do acervo da corporação.
Em 2008, após grande trabalho dos bombeiros, contando também com o apoio de vários cidadãos caçadorenses, a viatura n.º 01 foi restaurada, retornando às suas características originais, passando a ser um marco histórico da corporação.
Logo em seguida, a corporação adquiriu uma nova viatura para o Atendimento Pré-Hospitalar, ou seja, uma ambulância mais reforçada e tecnologicamente mais avançada, fazendo com que a primeira ambulância da corporação, adquirida em 1992, fosse definitivamente retirada de circulação.
No final dos anos 90 e início dos anos 2000, foi implantado o sistema de Escola de Formação para Bombeiros Voluntários. Até então, o ingresso de novos bombeiros voluntários era feito por convite de bombeiros já integrantes da corporação, e, com a aceitação do convite, os novatos passavam por um treinamento básico.
A escola de formação ampliou o número de voluntários ingressantes, permitindo uma melhor qualificação dos futuros bombeiros. Como requisito para ingresso na corporação, o candidato prestava provas de conhecimentos gerais, realizava testes de aptidão física, com avalição médica e psicológica, além da análise de sua boa conduta social.
Ultrapassadas estas provas e avaliações, os candidatos que estivessem aptos ingressavam na escola de formação, a qual tinha duração entre 8 e 10 meses com aulas teóricas e práticas nas mais diversas áreas e atividades bombeiris. Durante todo o curso, as etapas são de caráter eliminatório, o que faz com que o aluno seja mais dedicado e convicto de sua vontade de se tornar um bombeiro voluntário.
Com o aprimoramento dos novos voluntários e sua melhor qualificação, foi criado no ano de 2004 o programa Jovem Aluno Bombeiro (JABOM), com o intuito de disseminar na adolescência o espírito de voluntariado e sobre a função de bombeiro voluntário. Este programa estimulava os jovens com atividades relacionadas aos atendimentos prestados, promovendo a integração da corporação com a comunidade, fortalecendo valores e semeando nos participantes do programa a ideia de se tornarem futuros bombeiros.
Mais tarde e já reformulado, o JABOM se transformou no Programa Bombeiro Mirim e Aspirante, que trabalhava com crianças e adolescentes a partir dos 12 anos até os 17 anos de idade. As aulas envolviam assuntos da área bombeiril, ética e cidadania, valores sociais, além de motivar os laços familiares e os estudos nos anos escolares. Adiantando os resultados deste projeto e confirmando sua validade, a corporação possui bombeiros formados que passaram pelas etapas de bombeiro mirim e aspirante e que em seguida ingressaram na escola de formação de bombeiros voluntários.
Nesta mesma década, mais especificamente em 2005, modificando as regras até então cumpridas, foi lançado o edital para a primeira escola de formação feminina, em formato semelhante ao do quadro masculino, sendo concluído o curso em 2006, com 27 bombeiras formadas.
Com isso, inaugurou-se uma nova fase de atendimento prestado pela entidade, agora com a presença feminina.
No ano de 2007, a cidade de Caçador foi sede do ENBOV (Encontro Nacional de Bombeiros Voluntários), reunindo bombeiros de dezenas de corporações, vindos de todos os Estados do país, principalmente da Região Sul. Esse modelo de evento visa proporcionar o nivelamento de conhecimentos e atualizações técnicas para os bombeiros participantes, funcionando como uma espécie de intercâmbio.
No ano de 2009, em função de determinação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), foi criada uma Unidade Avançada de Combate Incêndios, funcionando junto ao aeroporto municipal Carlos Alberto da Costa Neves, na cidade de Caçador/SC, que exigiu uma unidade de combate a incêndios permanente nos aeroportos que operam voos comerciais regulares.
Considerando o número de bombeiros em atividade na corporação, como forma de organizar os voluntários de maneira equânime, no ano de 2004 foram criadas quatro equipes de trabalho, Alfa, Bravo, Charlie e Delta, o que garante a cada final de semana, a presença de maior número de pessoas para atendimento das ocorrências.
Naquela época, diante da necessidade observada para o período noturno, foram criadas escalas semanais, para que os bombeiros estejam no ambiente da corporação e sejam chamados se for preciso para as ocorrências em colaboração às equipes de bombeiros efetivos. Estes dois sistemas se revelaram eficientes, tendo sido mantidos para os plantões.
É também na década de 2000 que o fardamento dos Bombeiros Voluntários de Caçador foi substituído, passando da cor marrom para a cor cinza, em razão da padronização estadual proposta pela ABVESC (Associação dos Bombeiros Voluntários do Estado de Santa Catarina), à qual a corporação é vinculada.
DÉCADA DE 2010
Na última década, o avanço tecnológico verificado, principalmente na área de tecnologia da informação, refletiu em diversas atividades e organizações em nível mundial.
A corporação dos Bombeiros Voluntários de Caçador acompanhou essa evolução, passando a utilizar em sua Central de Operações, a partir do ano de 2011, o rádio digital, iniciando uma nova era nas suas comunicações, deixando para trás os rádios analógicos, que até então desempenhavam fielmente suas funções durante os atendimentos.
Em 2012, diante do grande número de ocorrências de buscas de pessoas desaparecidas, criou-se o canil dos bombeiros, estruturado com três binômios (homem-cão) e que contou com a doação de filhotes, além de bombeiros que se dedicaram a treinar seus parceiros para as buscas.
Assim, os caninos Keity (Labrador), Dara (Pastor Alemão) e Bob (sem raça definida) desempenharam por aproximadamente oito anos suas atividades junto à corporação, passando para a aposentadoria.
Atualmente, a corporação possui três novos filhotes da raça Pastor Belga de Mallinois que semanalmente treinam com seus condutores, estando aptos às missões para as quais forem levados.
O Centro de Ensino e Instruções, atualmente Núcleo de Ensino e Instruções, foi estruturado e organizado para promover a formação, capacitação e aperfeiçoamento dos bombeiros que integram a corporação, além de realizar cursos e treinamentos para a comunidade. Para tanto, utilizam materiais das mais diversas espécies, bem como equipamentos importados que simulam um atendimento real, permitindo aos alunos chegar mais próximo da realidade em sala de aula ou nas instruções em ambiente aberto. Este é também o setor responsável pela Escola de Formação de Bombeiros.
A capacitação dos bombeiros não se encerra com a formatura na Escola de Formação. O aperfeiçoamento é permanente em todas as áreas de atendimento: pré-hospitalar, combate a incêndios, resgate veicular, salvamento em altura, mergulho, dentre outros, a fim de prestar sempre um melhor atendimento à população, utilizando técnicas e equipamentos atualizados.
Em 2014, a Escola de Formação incluiu em suas instruções de combate a incêndio, uma atividade realizada na cidade de Jaraguá do Sul (SC), onde está montado o Centro de Treinamento com simulador de comportamento extremo do fogo. De igual maneira, para os bombeiros formados a mais tempo, ocorreram cursos de especialização e aperfeiçoamento de novas técnicas de combate a incêndios, visando desempenhar suas atividades com segurança, por conhecer na prática, como debelar o fogo e quais suas características.
Visando melhorar e modernizar o fardamento da corporação, os Bombeiros Voluntários de Santa Catarina desenvolveram novos modelos de vestimentas, passando das gandolas para as batas, padronizando em todas as cidades em que as corporações dos voluntários se fazem presentes, a identidade dos bombeiros. O fardamento passou a ser nas cores vermelha e cinza para o trabalho operacional e, seguindo as diretrizes mundiais de resgate, incorporou-se o macacão na cor laranja, para atividades de resgate em altura, de canil e para o atendimento de ocorrências de incêndio em vegetação.
Acompanhando as inovações tecnológicas, foram adquiridos equipamentos que permitiram um melhor atendimento à população em caso de resgate em sinistros veiculares: os desencarceradores da marca Lukas. Ademais, novas viaturas substituíram as antigas, oferecendo melhor e mais rápido atendimento durante as ocorrências.
Por fim e representando o investimento na formação e aperfeiçoamento dos bombeiros que compõem a corporação de Caçador, é preciso mencionar os eventos em nível local, estadual e nacional, em que as equipes compostas por membros dos Bombeiros Voluntários de Caçador, participaram com destaque nas provas de trauma e resgate veicular.
Desta feita, desde o ano de 2018 são realizadas Seletivas Internas de Trauma, visando estimular o estudo e o aperfeiçoamento dos bombeiros e com isto participar das seletivas estaduais que envolvem bombeiros voluntários e militares, além de profissionais do SAMU, sendo todos de Santa Catarina. No ano de 2020, os Bombeiros Voluntários de Caçador foram os organizadores e anfitriões do 3º Encontro Catarinense de Trauma e uma dupla formada por membros da corporação, conquistou o 1º lugar geral da competição.
Já nas seletivas de resgate veicular a equipe dos Bombeiros Voluntários de Caçador participam desde o ano de 2017, tendo conquistado as seguintes premiações: Seletiva Estadual de 2017, na cidade de Joaçaba, 3º lugar na Prova Complexa. Seletiva Estadual de 2018, na cidade de Joaçaba, 3º lugar Geral e na Seletiva Nacional na cidade de Curitiba o 6º lugar. Ainda, no ano de 2019 conquistaram na Seletiva estadual, na cidade Chapecó, o 2º lugar na Prova Complexa e 3º lugar geral e na Seletiva Nacional, na cidade de Brasília, o 3º lugar geral.
A história da Corporação dos Bombeiros Voluntários de Caçador foi contada em poucas páginas deste encarte. Um relato que demonstra o quão importante foi sua criação e seu desenvolvimento para o município e, principalmente, para a população atendida.
No seu início, sem os necessários conhecimentos técnicos, e sem dispor de equipamentos modernos, os voluntários pioneiros da Corporação dos Bombeiros, transformaram uma necessidade local em realidade. Combatiam os incêndios demonstrando a garra e a vontade de suprir a população de um atendimento rápido para a preservação dos bens, que rapidamente eram consumidos pelas chamas.
O sentimento que uniu alguns poucos amigos na missão de planejar a instalação de uma corporação voluntária, hoje se transformou em uma instituição que busca diuturnamente o aperfeiçoamento técnico no desempenho de suas atividades bombeiris nas mais diversas áreas de atuação e que cativa os bombeiros voluntários a prosseguir nos atendimentos para preservar a vida humana, os bens e os animais.
Muitos bombeiros, que se voluntariaram quando da instalação da corporação e nos anos seguintes, hoje já não estão nas atividades diárias dos bombeiros. Outros encerraram suas missões e partiram. Cada um foi parte especial com sua contribuição na construção desta história e certamente tem suas próprias narrativas de lutas, alegrias e dissabores a contar, que não cabem nas poucas páginas escritas.
Foram 50 anos de lutas, união e força tornando hoje os Bombeiros Voluntários de Caçador uma das corporações destaque no território nacional pela sua capacidade em atendimento, frota de veículos, equipamentos, competições e o principal: a força de vontade da palavra voluntariado, sendo esse legado deixado por 5 décadas o qual sempre será preservado.
Salvar, salvar, sempre salvar!
Fontes: Livros e Atas da Associação de Serviços Sociais Voluntários de Caçador (Bombeiros Voluntários de Caçador) e depoimento de membros da corporação.
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Os Bombeiros Voluntários de Caçador, hoje chamados de Associação de Serviços Sociais Voluntários de Caçador, são uma entidade sem fins lucrativos reconhecida como entidade de utilidade pública estadual (Lei Estadual n. 16.709 de 22 de setembro de 2015) e municipal (Lei Municipal n. 3.222 de 14 de maio de 2015), certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social na Área da Saúde – Entidade Filantrópica – através da Portaria n. 972 de 14 de agosto de 2019 CEBAS/Saúde do Ministério da Saúde.
A corporação tem como objetivos a proteção e o salvamento da vida e dos bens materiais dos habitantes no município de Caçador/SC e região, bem como atua em casos de calamidades públicas, incêndios e acidentes em geral, além de desenvolver atividades que visam a prática da prevenção de sinistros.
Esta revista é uma homenagem aos 50 anos de história dos Bombeiros Voluntários de Caçador, completados no dia 20 de fevereiro de 2021.
Para celebrar este momento tão importante, será apresentada a sua história desde o início das atividades da corporação, passando pelas conquistas e modificações em cada uma das cinco décadas, até chegar nos dias atuais.
DÉCADA DE 70
“QUANDO TUDO COMEÇOU…”
No período compreendido entre as décadas de 50 e 60 do século passado, a cidade de Caçador, situada no Alto Vale do Rio do Peixe, região meio oeste de Santa Catarina, despontava no cenário econômico de Santa Catarina, tendo a sua economia baseada na indústria madeireira, fator que impulsionou o seu desenvolvimento e projetou o município como cidade-polo industrial da região.
As inúmeras serrarias, então em atividade no município, produziam grandes quantidades de madeira serrada, matéria-prima utilizada na indústria moveleira e também empregada na construção civil.
Uma característica da paisagem urbana de Caçador à época, eram as edificações residenciais e comerciais, construídas predominantemente em madeira, abundante na região, dividindo espaço com milhares de pilhas de tábuas esperando o embarque para os mercados consumidores dos grandes centros do país ou do exterior.
A predominância de edificações em madeira, o uso da lenha para gerar energia para a indústria local, associado às ações ou omissões do homem, formavam então um cenário propício para as ocorrências de incêndios, que se alastravam rapidamente pela cidade, porque, a madeira é um combustível forte para que o fogo se intensifique.
Foram longos os anos de tragédias provocadas pelo fogo. Em algumas situações eram consumidas quadras inteiras porque as construções eram muito próximas umas das outras, fazendo com que as chamas logo se espalhassem.
Ocorrências desta natureza deixavam preocupada toda a população, que naquela época estava desprovida de qualquer tipo de recurso para enfrentamento destes sinistros, contando somente com a solidariedade, determinação e união dos moradores, para ajudar com baldes de água para debelar o fogo, ainda que fosse o meio menos eficiente para extirpá-lo.
Diante de inúmeras tragédias causadas pelo fogo ao longo dos anos, a população iniciou um movimento para que fosse instalada no município uma corporação de bombeiros, para amenizar ou até mesmo prevenir prejuízos decorrentes dos frequentes incêndios.
Nas diversas reuniões realizadas nas décadas de 50 e 60 com o objetivo de iniciar uma corporação, foi apresentado por alguns cidadãos o modelo de Corpo de Bombeiros Voluntários, já existente na cidade de Joinville/SC, para que todos os presentes tivessem ideia de como foi organizada aquela instituição, sugerindo que poderia ser instalada uma semelhante em Caçador.
Considerando ser uma solução viável para reduzir as perdas e os problemas existentes no município, a Prefeitura Municipal de Caçador, por meio do então prefeito, Senhor Jucy Varella, encaminhou um ofício ao comando da corporação da cidade Joinville, com data de 21 de julho de 1967, solicitando que fossem encaminhados para Caçador alguns de seus membros com a finalidade de apresentar sua corporação e como eram realizados os trabalhos de combate a incêndio.
A atenção dispensada pela corporação joinvilense ao ofício do gestor municipal foi exemplar e a solicitação foi prontamente atendida pelo comando daquela instituição bombeiril. Assim foi enviada uma equipe até Caçador na data de 29 de setembro de 1967 a fim de apresentarem às principais lideranças caçadorenses esclarecimentos sobre quais seriam os caminhos e ações a serem tomadas para a instalação de uma corporação voluntária.
Infelizmente, por motivos desconhecidos, esta iniciativa não logrou êxito naquele momento e a cidade permaneceu à mercê dos incêndios e suas vítimas continuavam a contar apenas com a boa ação da população.
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Ofício encaminhado pelo prefeito municipal de Caçador, Jucy Varella, ao Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville.
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Resposta ao ofício, encaminhado pelo presidente do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville.
No ano de 1970, com o objetivo de incentivar a criação de núcleos da Defesa Civil nos diversos municípios do país, o Exército Brasileiro solicitou às prefeituras municipais que efetuassem um levantamento dos maiores problemas que assolavam a população.
Desta feita, o prefeito municipal Ardelino Grando convocou as principais lideranças da comunidade para uma reunião, buscando analisar a situação caçadorense em relação às informações solicitadas pelo Exército Brasileiro.
Durante a reunião, todos foram unânimes em apontar que o principal problema na cidade de Caçador era a ocorrência de incêndios, os quais causavam enormes prejuízos para a população, ficando claro que o município precisava organizar, de maneira urgente, um serviço de proteção contra estes sinistros.
Ao encerrar a reunião, o prefeito Ardelino Grando dirigiu-se a um dos presentes e convidou-o para liderar os trabalhos de levantamento de informações deste problema e encaminhá-las ao comando do Exército. Tratava-se do senhor Erasini Freiberger.
Aceita a missão, o senhor Erasini lançou-se à sua nova tarefa. Para maior eficiência e agilidade dos trabalhos, ele convidou um grupo de amigos para auxiliarem nesta árdua e gratificante missão. Entre os convidados estavam o seu irmão Alfieri Nicolau Freiberger e os amigos Elvide Zir, Armindo Bombassaro, Márcio Soares, Nivaldo Detroz, Guido Graeff, Taylor Tosetto, Renato Santi e Rogério Fernandes.
Após inúmeras reuniões, o grupo apresentou a ideia da criação de uma corporação voluntária, repassando-a para o então prefeito. Este, de imediato mostrou-se entusiasmado com esta possibilidade e incentivou os jovens a amadurecerem a ideia, afiançando que ele garantiria todo o apoio da Prefeitura Municipal.
Pouco tempo depois, o prefeito municipal se reuniu com o grupo de amigos para discutir as ações em prol da instalação de uma Corporação de Bombeiros Voluntários na cidade, momento em que foi constituída uma comissão provisória para organização e fundação do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caçador no dia 20 de fevereiro de 1971, sendo a quarta corporação voluntária do Estado de Santa Catarina.
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Bombeiros Voluntários de Caçador com o Prefeito Municipal Ardelino Grando.
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Integrante dos Bombeiros Voluntários de Caçador.
A então recém fundada corporação dos bombeiros voluntários se lançou de imediato ao seu objetivo, tendo os seus membros se dedicado de forma intensa aos treinamentos para melhorar a sua atuação no combate aos incêndios, bem como na elaboração de estratégias para melhor enfrentamento das ocorrências.
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Primeiro treinamento de combate a incêndios.
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Treinamento de combate a incêndios e o primeiro fardamento operacional na cor amarela
Fizeram parte da primeira Diretoria do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caçador:
Diretoria Geral
Presidente: Alfieri Nicolau Freiberger
Vice-presidente: Milton Cachoeira
Secretário: Rogério Fernandes da Silva
Tesoureiro: Gabriel Gonçalves do Nascimento
Comando Geral
Comandante: Erasine Freiberger
Subcomandante: João Miguel Barbisan
Conselho Fiscal
Sócio Ativo: José Ivo Gomes
Sócio Contribuinte: Helmuth Payerl
Prefeito Municipal (Membro Nato): Ardelino Grando
Para as atividades de combate a incêndio, razão da fundação da corporação, era utilizado um caminhão tanque destinado inicialmente às atividades cotidianas do setor de obras da Prefeitura Municipal e, posteriormente, colocado à disposição dos bombeiros. Esta foi a primeira viatura utilizada pela corporação.
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Primeira viatura de combate a incêndio utilizada pela corporação, caminhão pertencente ao município.
O alerta de incêndio sempre era dirigido à prefeitura. Quando ocorria no período noturno, o responsável pela guarda daquele local acionava o bombeiro que estava com o caminhão, o qual se deslocava até a residência dos demais voluntários para difundir o alarme. Usando a criatividade, logo foi criado um modelo simples e eficiente de acordar os bombeiros, deixava-se sempre um punhado de pedras dentro do veículo e ao se aproximar das residências, o motorista não hesitava em atirá-las contra as paredes das casas, que imediatamente despertava o bombeiro para seguir ao combate.
Meses mais tarde essa tática foi substituída por um sistema de rádio. Tratava-se de um sistema de transmissão amador que utilizava a frequência de ondas médias. O transmissor ficava na Prefeitura Municipal e todos os bombeiros possuíam um radinho de pilhas, que levavam consigo por onde fossem e sempre que um sinistro ocorria, todos os bombeiros eram rapidamente acionados por este sistema.
Mesmo contando com o caminhão-tanque colocado à disposição dos bombeiros pela prefeitura, tornou-se imprescindível a obtenção de outra viatura. Assim, os voluntários lançaram-se em ações para a aquisição de um novo caminhão de combate à incêndios, e somados a recursos oriundos da prefeitura, a compra foi possível.
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Primeira viatura de combate a incêndios de propriedade da corporação.
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Primeira viatura de combate a incêndios de propriedade da corporação.
A primeira sede do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caçador foi provisoriamente instalada na rua José Boiteux, sendo que ali era mantida a parte administrativa da corporação, pois os veículos permaneceram estacionados em frente a Prefeitura Municipal. Este quartel foi palco de inúmeras reuniões dos voluntários, nas quais eram trazidas informações sobre a realidade do município e analisadas as carências que deveriam ser supridas, como a necessidade de mais viaturas para os combates aos frequentes incêndios que assolavam o município. Por fim, constataram que a única alternativa era angariar recursos para a aquisição de um novo caminhão de combate a incêndios.
Devido ao grande apoio da classe empresarial do município foi possível a aquisição de uma segunda e nova viatura de combate a incêndios para Caçador.
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Segunda viatura de combate a incêndios de propriedade da corporação.
Com a aquisição do novo caminhão, os voluntários se preocuparam em encontrar um local coberto para guardar e proteger as viaturas que estavam estacionadas em espaço aberto, expostas ao tempo. Em conversa com empresários locais, foi cedido um barracão na rua Rui Barbosa, no centro de Caçador, para utilização pelos bombeiros para a permanência dos caminhões.
Nesta nova sede não havia mais como manter a antiga forma de acionamento dos combatentes, razão pela qual foi reivindicado junto a empresa concessionária de telefonia, a instalação da linha telefônica de emergência de número 193, permitindo que as ligações fossem recebidas diretamente pela corporação.
Logo de início, verificaram-se alguns problemas que dificultavam o trabalho da corporação na sede recém instalada. Em frente à sede da corporação havia uma sala de cinema e muitos dos seus frequentadores não respeitavam a sinalização, estacionavam seus veículos de forma que obstruía a saída dos caminhões para atender os chamados de emergência. Assim, teve início a busca por um local mais adequado para instalar a sede dos bombeiros.
Em 1977, empresários locais cederam outro barracão, também no centro da cidade, na Rua Marechal Cândido Rondon e os bombeiros voluntários foram transferidos para lá, onde permaneceram por cerca de oito anos. Naquele período a corporação enfrentou diversas dificuldades financeiras, mas ao mesmo tempo, apresentou novas conquistas como a aquisição da terceira viatura de combate a incêndios bem como a construção de sua sede própria.
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Terceira viatura de combate a incêndios de propriedade da corporação.
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Bombeiros Voluntários perfilados na garagem da sede da corporação situada na rua Marechal Cândido Rondon.
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Bombeiros Voluntários perfilados na garagem da sede da corporação situada na rua Marechal Cândido Rondon.
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As três viaturas dos Bombeiros Voluntários na década de 1970.
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Desfile 07 de setembro da época.
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Desfile 07 de setembro da época.
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Bombeiros Voluntários de Caçador com os dois tipos de fardamentos utilizados na época.
DÉCADA DE 80
A década de 80 começa turbulenta para os Bombeiros Voluntários de Caçador, ainda instalados na sede da rua Marechal Cândido Rondon, na parte baixa do centro da cidade.
O ano de 1983 foi marcado por uma das maiores enchentes da história da cidade, pois de maio a julho deste ano, o sul do país sofreu com intensas chuvas, ocasionando esse desastre natural.
As águas do rio do Peixe, cujo leito passa pela área urbana de Caçador, começaram a subir e atingir as residências ribeirinhas. Os Bombeiros Voluntários de Caçador foram acionados para efetuar os trabalhos de resgate de pessoas e bens atingidos pelas cheias.
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Bombeiros Voluntários de Caçador em ação na Avenida Barão do Rio Branco.
Como as chuvas não cessavam, o volume de água no leito do rio não parava de aumentar, ocorrendo o transbordamento nas margens, resultando na inundação das dependências da corporação, tendo as águas atingido cerca de 2,60 metros de altura no local. Diante de tão complicada situação, os bombeiros tiveram que socorrer a si próprios.
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Bombeiros Voluntários de Caçador em frente a sua sede na rua Marechal Cândido Rondon.
Diante do cenário desenhado pelo volume de águas que invadiu o quartel, a solução imediata foi transferir novamente a sede para o local do uso inicial junto à Prefeitura Municipal, considerando-se que ela serviu de centro de logística, controle e planejamento das ações de resgate e defesa civil, até que as chuvas cessassem e as águas voltassem ao seu nível normal.
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Vista parcial da cidade.
Como nem mesmo a sede da corporação foi poupada pelas cheias, reviveu-se o sonho da construção da sede própria.
Terminados os trabalhos de atendimento à população em virtude da enchente, a corporação se uniu em uma grande missão: a de angariar recursos para construir a sua sede própria no terreno doado pela Prefeitura Municipal de Caçador, localizado na rua General Antônio Sampaio, na parte alta do centro da cidade, em local a salvo das cheias do rio e de fácil acesso à população.
Muitas reuniões e planejamentos foram efetuados com o propósito de se encontrar um meio eficaz de reunir condições financeiras e técnicas para que o projeto de um quartel moderno e eficiente fosse realmente edificado.
Com o projeto aprovado e o apoio da classe empresarial do município, foi possível tornar realidade o sonho de funcionar em sua sede própria, inaugurada em 1985.
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Construção da nova sede.
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Construção da nova sede.
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Construção da nova sede.
Depois de cerca de um ano de trabalho, a construção da nova sede da corporação estava concluída. Em 30 de novembro de 1985, bombeiros voluntários, amigos, familiares, empresários e autoridades, realizaram a solenidade de sua inauguração, dando início a uma nova fase na história da corporação, que agora estava abrigada em sua própria casa.
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Solenidade de inauguração da nova sede.
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Solenidade de inauguração da nova sede.
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Solenidade de inauguração da nova sede.
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Solenidade de inauguração da nova sede.
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Solenidade de inauguração da nova sede.
Já instalada na sede definitiva, a corporação inicia um processo de evolução tecnológica e crescimento operacional, com a aquisição de novos equipamentos e viaturas, bem como treinamentos e qualificação técnica dos seus membros.
Em relação às viaturas, os voluntários identificaram a necessidade de um veículo mais ágil e rápido para o atendimento à população e, em virtude disto, adquiriram mais um caminhão para o combate a incêndios. Com semelhante objetivo, adquiriram também novas mangueiras e equipamentos, transformando o caminhão numa moderna e eficiente unidade de combate a incêndios para os padrões da época.
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Quarta viatura de combate a incêndios de propriedade da corporação.
Assim, no final da década de 80, a corporação contava com quatro viaturas que estavam à disposição dos cidadãos caçadorenses, para utilização nos chamados emergenciais de incêndio.
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Desfile 07 de setembro da época.
DÉCADA DE 90
A década de 80 foi de grande crescimento da corporação, tanto em equipamentos quanto na capacitação dos bombeiros. Assim, os anos 90 começaram com a desativação da viatura 01, pois era uma viatura que transportava pequeno volume de água e também porque já estava então em uso a viatura n.º 04, que supria a necessidade nos incêndios.
Naquela época, as solicitações de resgate e socorro às vítimas de acidentes diversos se intensificavam, fazendo com que a viatura n.º 01 desativada da sua função de combate a incêndios, fosse transformada em uma viatura de resgate, o que somente foi possível com o trabalho de alguns voluntários.
Também foram adquiridos equipamentos e ferramentas de resgate para aparelhar aquela viatura para que se tornasse a primeira viatura específica de resgate dos Bombeiros Voluntários de Caçador, que passou mesmo de forma precária, a ser utilizada no atendimento aos acidentes de trânsito, além de servir em outras ocorrências.
No final da década de 90 o resgate veicular deu um salto em tecnologia, substituindo a ferramenta “policorte”, que é uma ferramenta moto abrasiva com disco de vídea, pelo conjunto importado hidráulico de salvamento e resgate de vítimas Lukas, também conhecida como desencarcerador.
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Primeira viatura de resgate da corporação.
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Primeira viatura de resgate da corporação.
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Bombeiros Voluntários de Caçador em treinamento com os equipamentos da viatura de resgate.
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Desencarcerador Lukas, substituindo a ferramenta “policorte”.
Com a intensificação das atividades de resgate, surgiu uma nova preocupação dos bombeiros, que necessitavam de um veículo (ambulância) adequado para conduzir as vítimas dos acidentes para atendimento hospitalar. Entretanto, a corporação não dispunha dos recursos para adquirir um novo veículo. Em contato com a Delegacia da Polícia local, viabilizou-se a doação de uma camioneta Ford F1000, estacionada no pátio daquele órgão havia mais de oito anos.
Consolidada a entrega daquele veículo para a corporação, mais uma vez os voluntários agiram para reformá-lo e recuperá-lo dos danos causados por anos de permanência sob as intempéries. Instalou-se um furgão na sua carroceria e o veículo foi equipado com materiais tais como maca de madeira, talas de imobilização, tubos de oxigênio, entre outros, para utilização nos atendimentos.
Estava pronta, assim, a primeira viatura de socorro (ambulância) da frota da corporação e, a partir do ano de 1992, tiveram início as atividades que hoje correspondem a mais de 80% das ocorrências da corporação, o Atendimento Pré-Hospitalar (APH).
Para adequar a viatura às necessidades identificadas para melhorar os atendimentos prestados, no ano de 1999 o veículo passou por uma outra reforma.
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Primeira ambulância da corporação.
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Primeira ambulância da corporação.
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Primeira ambulância da corporação em reforma no ano de 1999.
Com o grande número de ocorrências na área do APH, fez-se necessário um maior aperfeiçoamento dos bombeiros voluntários, haja vista que a maioria ainda não possuía curso de qualificação para este tipo de atendimento. Como resultado, iniciou-se uma nova fase de formação dos voluntários, com a participação de muitos deles em cursos de Primeiros Socorros.
Devido ao aumento das ocorrências, para que o atendimento da população fosse completo e seguro durante 24 horas por dia, os Bombeiros Voluntários de Caçador passaram a contar com os bombeiros contratados, pois aqueles que se dedicavam de forma espontânea tinham seus empregos e esta situação impedia que o quartel estivesse guarnecido de pessoal em tempo integral. Para tanto, foram contratados três bombeiros motoristas para um turno de 24 horas de trabalho por 48 horas de folga, garantindo assim um atendimento imediato às ocorrências, juntando-se a eles direta ou indiretamente de seus locais de trabalho ou residências os demais bombeiros.
Com este novo quadro de ocorrências desenhado com os atendimentos pré-hospitalares, houve a necessidade de ampliar o número de bombeiros contratados, o que foi possível por conta de parceria com a Prefeitura Municipal de Caçador, que celebrou convênio com a corporação. Juntamente com o aumento de pessoal e do número de ocorrências atendidas, mais uma ambulância foi adquirida para auxiliar nas atividades de socorro.
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Segunda ambulância da corporação.
No decorrer dos anos 90, várias outras viaturas foram adquiridas, sob forma de doação e por aquisição direta para a corporação, tornando a entidade uma das mais equipadas do gênero no Estado de Santa Catarina.
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Viaturas da época.
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Viaturas da época.
Em 1994 foi criada a Associação dos Bombeiros Voluntários do Estado de Santa Catarina (ABVESC), onde os Bombeiros Voluntários de Caçador estão presentes desde o início de suas atividades. A associação foi criada com intuito de promover a integração entre as corporações voluntárias do estado de Santa Catarina, criando um fortalecimento no desenvolvimento e padronizações entre seus membros.
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Brasão ABVESC.
A década de 90 foi também marcada por várias outras conquistas da corporação, tais como a criação do Centro de Resgate Aquático (mergulho), a efetivação do convênio com a CELESC, por meio do qual a comunidade caçadorense passou a destinar recursos à corporação diretamente em suas faturas de energia elétrica; a implantação do sistema de comunicação de rádio VHF, bem como ampliação dos convênios com a Prefeitura Municipal para o repasse de verbas mensais destinadas ao custeio de suas atividades e expansão de seus equipamentos.
Naquele período ainda foi criado o CAT (Centro de Atividades Técnicas), que tinha por objetivo dotar todas as edificações do município, exceto as residências unifamiliares, com os equipamentos de prevenção e combate a incêndios, dividindo suas atividades em análise de projetos e realização de vistorias.
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Central de Comunicação dos Bombeiros Voluntários de Caçador.
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Bombeiros Voluntários de Caçador com o fardamento utilizado na época.
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Desfile 07 de setembro da época.
DÉCADA DE 2000
Os anos 2000 já começam com novas aquisições de viaturas e modernizações das existentes. Logo no início do ano foi adquirida a nova viatura para resgate veicular, permitindo que a viatura n.º 01, que havia sido reformada para essa função, fosse definitivamente aposentada e retirada da frota de atendimento às ocorrências, ainda que não baixada do acervo da corporação.
Em 2008, após grande trabalho dos bombeiros, contando também com o apoio de vários cidadãos caçadorenses, a viatura n.º 01 foi restaurada, retornando às suas características originais, passando a ser uma marco histórico da corporação.
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Nova viatura de resgate veicular.
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Viatura n.º 01 totalmente restaurada em idênticas características de quando foi adquirida.
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Viatura n.º 01 totalmente restaurada em idênticas características de quando foi adquirida.
Logo em seguida, a corporação adquiriu uma nova viatura para o Atendimento Pré-Hospitalar, ou seja, uma ambulância mais reforçada e tecnologicamente mais avançada, fazendo com que a primeira ambulância da corporação, adquirida em 1992, fosse definitivamente retirada de circulação.
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Nova ambulância para o Atendimento Pré-Hospitalar.
No final dos anos 90 e início dos anos 2000, foi implantado o sistema de Escola de Formação para Bombeiros Voluntários. Até então, o ingresso de novos bombeiros voluntários era feito por convite de bombeiros já integrantes da corporação, e, com a aceitação do convite, os novatos passavam por um treinamento básico.
A escola de formação ampliou o número de voluntários ingressantes, permitindo uma melhor qualificação dos futuros bombeiros. Como requisito para ingresso na corporação, o candidato prestava provas de conhecimentos gerais, realizava testes de aptidão física, com avalição médica e psicológica, além da análise de sua boa conduta social.
Ultrapassadas estas provas e avaliações, os candidatos que estivessem aptos ingressavam na escola de formação, a qual tinha duração entre 8 e 10 meses com aulas teóricas e práticas nas mais diversas áreas e atividades bombeiris. Durante todo o curso, as etapas são de caráter eliminatório, o que faz com que o aluno seja mais dedicado e convicto de sua vontade de se tornar um bombeiro voluntário.
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Candidatos a ingressar na corporação como bombeiros voluntários, realizando o teste de aptidão física.
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Integrantes da Escola de Formação durante aulas teóricas.
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Integrantes da Escola de Formação durante aulas teóricas.
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Integrantes da Escola de Formação durante aulas práticas.
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Integrantes da Escola de Formação durante aulas práticas.
Com o aprimoramento dos novos voluntários e sua melhor qualificação, foi criado no ano de 2004 o programa Jovem Aluno Bombeiro (JABOM), com o intuito de disseminar na adolescência o espírito de voluntariado e também sobre a função de bombeiro voluntário. Este programa estimulava os jovens com atividades relacionadas aos atendimentos prestados, promovendo a integração da corporação com a comunidade, fortalecendo valores e semeando nos participantes do programa a ideia de se tornarem futuros bombeiros.
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Programa Jovem Aluno Bombeiro.
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Programa Jovem Aluno Bombeiro.
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Programa Jovem Aluno Bombeiro.
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Programa Jovem Aluno Bombeiro.
Mais tarde e já reformulado, o JABOM se transformou no Programa Bombeiro Mirim e Aspirante, que trabalhava com crianças e adolescentes a partir dos 12 anos até os 17 anos de idade. As aulas envolviam assuntos da área bombeiril, ética e cidadania, valores sociais, além de motivar os laços familiares e os estudos nos anos escolares. Adiantando os resultados deste projeto e confirmando sua validade, a corporação possui bombeiros formados que passaram pelas etapas de bombeiro mirim e aspirante e que em seguida ingressaram na escola de formação de bombeiros voluntários.
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Programa Bombeiro Mirim.
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Programa Bombeiro Mirim.
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Programa Bombeiro Aspirante.
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Programa Bombeiro Aspirante.
Nesta mesma década, mais especificamente em 2005, modificando as regras até então cumpridas, foi lançado o edital para a primeira escola de formação feminina, em formato semelhante ao do quadro masculino, sendo concluído o curso em 2006, com 27 bombeiras formadas.
Com isso, inaugurou-se uma nova fase de atendimento prestado pela entidade, agora com a presença feminina.
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Solenidade de formatura da primeira turma de bombeiros femininos.
No ano de 2007, a cidade de Caçador foi sede do ENBOV (Encontro Nacional de Bombeiros Voluntários), reunindo bombeiros de dezenas de corporações, vindos de todos os Estados do país, principalmente da Região Sul. Esse modelo de evento visa proporcionar o nivelamento de conhecimentos e atualizações técnicas para os bombeiros participantes, funcionando como uma espécie de intercâmbio.
No ano de 2009, em função de determinação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), foi criada uma Unidade Avançada de Combate Incêndios, funcionando junto ao aeroporto municipal Carlos Alberto da Costa Neves, na cidade de Caçador/SC, que exigiu uma unidade de combate a incêndios permanente nos aeroportos que operam voos comerciais regulares.
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Unidade da corporação anexa ao aeroporto municipal Carlos Alberto da Costa Neves.
Considerando o número de bombeiros em atividade na corporação, como forma de organizar os voluntários de maneira equânime, no ano de 2004 foram criadas quatro equipes de trabalho, Alfa, Bravo, Charlie e Delta, o que garante a cada final de semana, a presença de maior número de pessoas para atendimento das ocorrências.
Naquela época, diante da necessidade observada para o período noturno, foram criadas escalas semanais, para que os bombeiros estejam no ambiente da corporação e sejam chamados se for preciso para as ocorrências em colaboração às equipes de bombeiros efetivos. Estes dois sistemas se revelaram eficientes, tendo sido mantidos para os plantões.
É também na década de 2000 que o fardamento dos Bombeiros Voluntários de Caçador foi substituído, passando da cor marrom para a cor cinza, em razão da padronização estadual proposta pela ABVESC (Associação dos Bombeiros Voluntários do Estado de Santa Catarina), à qual a corporação é vinculada.
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Novo fardamento padrão ABVESC na cor cinza.
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Viaturas do começo da década de 2000.
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Viaturas do final da década de 2000.
DÉCADA DE 2010
Na última década, o avanço tecnológico verificado, principalmente na área de tecnologia da informação, refletiu em diversas atividades e organizações em nível mundial.
A corporação dos Bombeiros Voluntários de Caçador acompanhou essa evolução, passando a utilizar em sua Central de Operações, a partir do ano de 2011, o rádio digital, iniciando uma nova era nas suas comunicações, deixando para trás os rádios analógicos, que até então desempenhavam fielmente suas funções durante os atendimentos.
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Rádio digital.
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Central de Comunicação dos Bombeiros Voluntários de Caçador.
Em 2012, diante do grande número de ocorrências de buscas de pessoas desaparecidas, criou-se o canil dos bombeiros, estruturado com três binômios (homem-cão) e que contou com a doação de filhotes, além de bombeiros que se dedicaram a treinar seus parceiros para as buscas.
Assim, os caninos Keity (Labrador), Dara (Pastor Alemão) e Bob (sem raça definida) desempenharam por aproximadamente oito anos suas atividades junto à corporação, passando para a aposentadoria.
Atualmente, a corporação possui três novos filhotes da raça Pastor Belga de Mallinois que semanalmente treinam com seus condutores, estando aptos às missões para as quais forem levados.
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Canil dos Bombeiros Voluntários de Caçador em 2012.
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Canil dos Bombeiros Voluntários de Caçador em 2012.
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Canil dos Bombeiros Voluntários de Caçador em 2012.
O Centro de Ensino e Instruções, atualmente Núcleo de Ensino e Instruções, foi estruturado e organizado para promover a formação, capacitação e aperfeiçoamento dos bombeiros que integram a corporação, além de realizar cursos e treinamentos para a comunidade. Para tanto, utilizam materiais das mais diversas espécies, bem como equipamentos importados que simulam um atendimento real, permitindo aos alunos chegar mais próximo da realidade em sala de aula ou nas instruções em ambiente aberto. Este é também o setor responsável pela Escola de Formação de Bombeiros.
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Instrução externa.
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Instrução externa.
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Instrução externa.
A capacitação dos bombeiros não se encerra com a formatura na Escola de Formação. O aperfeiçoamento é permanente em todas as áreas de atendimento: pré-hospitalar, combate a incêndios, resgate veicular, salvamento em altura, mergulho, dentre outros, a fim de prestar sempre um melhor atendimento à população, utilizando técnicas e equipamentos atualizados.
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Capacitação interna.
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Capacitação interna.
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Capacitação interna.
Em 2014, a Escola de Formação incluiu em suas instruções de combate a incêndio, uma atividade realizada na cidade de Jaraguá do Sul (SC), onde está montado o Centro de Treinamento com simulador de comportamento extremo do fogo. De igual maneira, para os bombeiros formados a mais tempo, ocorreram cursos de especialização e aperfeiçoamento de novas técnicas de combate a incêndios, visando desempenhar suas atividades com segurança, por conhecer na prática, como debelar o fogo e quais suas características.
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Instruções de combate a incêndio no Centro de Treinamento em Jaraguá do Sul.
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Instruções de combate a incêndio no Centro de Treinamento em Jaraguá do Sul.
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Instruções de combate a incêndio no Centro de Treinamento em Jaraguá do Sul.
Visando melhorar e modernizar o fardamento da corporação, os Bombeiros Voluntários de Santa Catarina desenvolveram novos modelos de vestimentas, passando das gandolas para as batas, padronizando em todas as cidades em que as corporações dos voluntários se fazem presentes, a identidade dos bombeiros. O fardamento passou a ser nas cores vermelha e cinza para o trabalho operacional e, seguindo as diretrizes mundiais de resgate, incorporou-se o macacão na cor laranja, para atividades de resgate em altura, de canil e para o atendimento de ocorrências de incêndio em vegetação.
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Novo modelo do fardamento em 2014, na sua entrega.
Acompanhando as inovações tecnológicas, foram adquiridos equipamentos que permitiram um melhor atendimento à população em caso de resgate em sinistros veiculares: os desencarceradores da marca Lukas. Ademais, novas viaturas substituíram as antigas, oferecendo melhor e mais rápido atendimento durante as ocorrências.
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Desencarcerados Lukas nas viaturas de Resgate Veicular.
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Desencarcerados Lukas nas viaturas de Resgate Veicular.
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Novas e modernas viaturas da frota.
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Novas e modernas viaturas da frota.
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Novas e modernas viaturas da frota.
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Novas e modernas viaturas da frota.
Por fim e representando o investimento na formação e aperfeiçoamento dos bombeiros que compõem a corporação de Caçador, é preciso mencionar os eventos em nível local, estadual e nacional, em que as equipes compostas por membros dos Bombeiros Voluntários de Caçador, participaram com destaque nas provas de trauma e resgate veicular.
Desta feita, desde o ano de 2018 são realizadas Seletivas Internas de Trauma, visando estimular o estudo e o aperfeiçoamento dos bombeiros e com isto participar das seletivas estaduais que envolvem bombeiros voluntários e militares, além de profissionais do SAMU, sendo todos de Santa Catarina. No ano de 2020, os Bombeiros Voluntários de Caçador foram os organizadores e anfitriões do 3º Encontro Catarinense de Trauma e uma dupla formada por membros da corporação, conquistou o 1º lugar geral da competição.
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Seletiva Interna de Trauma, disputada entre os Bombeiros Voluntários de Caçador.
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Seletiva Interna de Trauma, disputada entre os Bombeiros Voluntários de Caçador.
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3º Encontro Estadual de Trauma, sediado no município de Caçador/SC.
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3º Encontro Estadual de Trauma, sediado no município de Caçador/SC.
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3º Encontro Estadual de Trauma, sediado no município de Caçador/SC.
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Bombeiros Voluntários de Caçador campeã Geral do Estado no 3º Encontro Estadual de Trauma.
Já nas seletivas de resgate veicular a equipe dos Bombeiros Voluntários de Caçador participam desde o ano de 2017, tendo conquistado as seguintes premiações: Seletiva Estadual de 2017, na cidade de Joaçaba, 3º lugar na Prova Complexa. Seletiva Estadual de 2018, na cidade de Joaçaba, 3º lugar Geral e na Seletiva Nacional na cidade de Curitiba o 6º lugar. Ainda, no ano de 2019 conquistaram na Seletiva estadual, na cidade Chapecó, o 2º lugar na Prova Complexa e 3º lugar geral e na Seletiva Nacional, na cidade de Brasília, o 3º lugar geral.
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Equipe da Rescue Team Caçador de Resgate Veicular participando dos campeonatos.
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Equipe da Rescue Team Caçador de Resgate Veicular participando dos campeonatos.
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Equipe da Rescue Team Caçador de Resgate Veicular em Brasília.
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Equipe da Rescue Team Caçador de Resgate Veicular em Brasília, conquistando o 3º Lugar Geral da competição.
A história da Corporação dos Bombeiros Voluntários de Caçador foi contada em poucas páginas deste encarte. Um relato que demonstra o quão importante foi sua criação e seu desenvolvimento para o município e, principalmente, para a população atendida.
No seu início, sem os necessários conhecimentos técnicos, e sem dispor de equipamentos modernos, os voluntários pioneiros da Corporação dos Bombeiros, transformaram uma necessidade local em realidade. Combatiam os incêndios demonstrando a garra e a vontade de suprir a população de um atendimento rápido para a preservação dos bens, que rapidamente eram consumidos pelas chamas.
O sentimento que uniu alguns poucos amigos na missão de planejar a instalação de uma corporação voluntária, hoje se transformou em uma instituição que busca diuturnamente o aperfeiçoamento técnico no desempenho de suas atividades bombeiris nas mais diversas áreas de atuação e que cativa os bombeiros voluntários a prosseguir nos atendimentos para preservar a vida humana, os bens e os animais.
Muitos bombeiros, que se voluntariaram quando da instalação da corporação e nos anos seguintes, hoje já não estão nas atividades diárias dos bombeiros. Outros encerraram suas missões e partiram. Cada um foi parte especial com sua contribuição na construção desta história e certamente tem suas próprias narrativas de lutas, alegrias e dissabores a contar, que não cabem nas poucas páginas escritas.
Foram 50 anos de lutas, união e força tornando hoje os Bombeiros Voluntários de Caçador uma das corporações destaque no território nacional pela sua capacidade em atendimento, frota de veículos, equipamentos, competições e o principal: a força de vontade da palavra voluntariado, sendo esse legado deixado por 5 décadas o qual sempre será preservado.
Salvar, salvar, sempre salvar!